A gruta é mais extensa do que a gruta

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    segunda-feira, julho 29, 2002

    Lilo e Stitch

    Vejam só como são as coisas: “Lilo e Stitch”, o novo longa de animação dos estúdios Disney, estréia em dezenas de salas em São Paulo, a cidade-monstro. Mas se você quiser assisti-lo com o som original, há apenas UM horário em UMA sala... Ê, lelê.

    É por isso que ainda não assisti a “A Era do Gelo”, que só passou aqui na plantação de cana em versão dublada... Pô, estão nos subestimando? Adulto também gosta de animação... Já imaginaram ver “Shrek” sem o Eddie Murphy? Que graça teria?

    Então a... dexover... adorável Vanessa e eu (que já tínhamos tentado ver este filme no Belas Bostas, mas, ao constatarmos que o mesmo era dublado, recuamos ante a tétrica possibilidade de termos de ouvir Paulo Ricardo na trilha sonora _na verdade, como a Vanessa avisa aí nos comentários, o velho Paul "toquem o meu" Richard se esgüela no "Spirit, o Corcel Indomável", mas fica aí o aviso: prefira Elton John) nos dirigimos ao shopping Metrô Santa Cruz (parêntese: já não basta os shoppings desestimularem o ato de caminhar a pé pela cidade _vocês sabem que evito carros ao máximo_, agora eles são ligados a estações de metrô, ou seja, estamos cada vez mais isolados da verdadeira São Paulo, o abismo do apartheid social só aumenta) para a empreitada. Preciso dizer que tinha uma filaça? Pois então...

    Ah, e olha só que divertido: o filme estava passando justamente no tal do Cinemágico, a sala da Disney. Que medo. As poltronas são todas coloridinhas, silhuetas de Mickey Mouse permeiam o lugar, repletos de luzinhas e refletores que me lembraram o jogo reba da NBA que assisti em Oakland, lá em 1998...

    E no Cinemágico não passam trailers, mas biografias de “Branca de Neve e os Sete Anões” (o produto pioneiro que ganhou das mãos de Shirley Temple um Oscar e sete Oscarzinhos na festa correspondente a 1937) e do próprio Uáu Disney bem no momento em que a Vanessa me explica de que trata-se de uma animação em Flash (bem podre, por sinal), a bagaça é interrompida por um pau no sistema. Obrigado, Bill Gates...

    Então a economia mundial está em crise, e a Disney não quer repetir o fiasco de “Atlantis”, mas também não quer outro projeto dispendioso como “Monstros S/A”... A solução é fazer um filme bem mais barato e de apelo popular, com animação mais simples, utilizando inclusive a velha aquarela, que não aparecia em um longa da Disney há décadas... E dá-lhe monstrinho azul de novo!

    Um dos cartazes do filme já dá o mote: o alienígena Stitch é chamado de “ovelha negra”, e repele todos os outros heróis meigos do estúdio. É, Stitch, o ser superinteligente criado em laboratório com o propósito de destruir tudo o que encontra, uma ameaça a ser eliminada, foge para a Terra (onde será perseguido por uma porção de outros aliens) e é adotado pela menininha havaiana de nariz batatudo Lilo, cujos pais foram mortos em um acidente automobilístico e que periga ser separada, por um agente social com cara de león-de-tchácara de puteiro e que é um típico “homem de preto”, da irmã mais velha, é, ufa, um personagem politicamente incorreto. E engraçado: a cena em que ele constrói uma San Francisco em miniatura somente para arrasá-la, como um King Kong do novo milênio, é de rachar.

    Claro que o filme tem lá sua liçãozinha de moral Disney _“Hosana means family”, ou algo do tipo, bléargh_, mas nada que caia para a pieguice absurdamente deslavada, embora, como era de se esperar, a fera Stitch acaba domada. Felizmente os responsáveis pelo filme investiram um pouquinho mais no senso de humor...

    E, puxa vida, tem Elvis. Poderia ter mais Elvis...

    Nota: 7/10

    quarta-feira, julho 24, 2002

    Janela da Alma

    Recentemente falamos sobre o hype (a palavrinha da moda) dos documentários. E poucos foram mais “hypados” do que este, dirigido por João Jardim e Walter Carvalho (ambos com vários graus de miopia, dizem), exibido em São Paulo no Espaço Unibancool de Cinema.

    Além do bom espaço na imprensa (embora muito menor do que os concedidos a “Abril Despedaçado”, “O Invasor”, “LavourArcaica” e “Bicho de Sete Cabeças”, por exemplo), o filme andou provocando filas na rua Augusta (a infernal Vanessa e eu tentamos vê-lo em um sábado, mas tivemos de desistir e voltar dois dias depois)... Até a Teca foi vê-lo duas vezes, mon dieu. “Homem-Aranha” que é bom, nada, né, srta.?

    E para um documentário ser hype, nada melhor do que entrevistar algumas figuras idem, queridinhos da “intelectualidade” paulistana como o José Saramago (que, convenhamos, escreveu maravilhas como “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, mas também chatices horrendas como “Levantados do Chão” e “O Ano da Morte de Ricardo Reis”) e o Win Wenders (taí, o que vocês acham dele? Win Wenders e aprendenders?), além de um cientista pop como o Oliver Sacks. Não, não estou reclamando das escolhas, trata-se apenas de uma observação.

    Falando em observar, “Janela da Alma” é, como o título indica, justamente um filme sobre a visão, suas possibilidades e limites. Tema pertinente ao cinema e interessante para todos, ainda mais num mundo onde imagem é, praticamente, tudo.

    Então o velho Saramarrrgo, autor de “Ensaio sobre a Cegueira” e dono de uns óculos pavorosos, aproveita para afirmar que o homem do século 21 vive, mais do que nunca, observando as sombras na caverna de Platão. Hermeto Paschoal, grande e estrábico músico, diz que gostaria de ser cego por uns instantes e fala de mulher. Wenders reprovou o uso de lentes, dizendo que, ao adotá-las, sentiu falta do enquadramento proporcionado pelos aros, exprimindo um desejo de restringir a visão para poder enxergar melhor. Oliver Sacks vê o invisível, dando como exemplo o campo magnético de um ímã, que é visto com o “olho da mente”. Um vereador cego de Belo Horizonte guia os diretores pela cidade usando como referências as subidas e descidas, os sons etc. _suas filhas contam que ele era motivo de um certo orgulho, pois os pais dos coleguinhas não eram especiais como o seu. A cineasta Agnès Varda lembra do falecido marido pelas filmagens que fez dele, enquanto uma animadora (esqueci o nome, sorry) acha que exagerou o trauma do estrabismo após operar o problema. E por aí vai, estes são apenas pequenos exemplos.

    O bom de um filme como este é que, em vez de simplesmente trabalhar com fatos, como numa reportagem, ele nos traz mais perguntas do que respostas. Toda a minha relação com a visão (todos em minha família usam óculos, menos eu _no meu teste de vista para tirar carteira de motorista, o médico me disse: “se melhorar, estraga”) passou pela minha cabeça enquanto eu assistia ao filme _as brincadeiras de cabra-cega, o dia em que tive as pupilas dilatadas e fiquei praticamente cego, guiado pela minha mãe na rua mais movimentada da cidade e até a própria cor dos meus olhos (que eram cinza quando eu nasci, tornaram-se um azul-quase-roxo depois de um tempo e finalmente ficaram verde-esmeralda, apesar de eu não ser palmeirense como o meu pai).

    E as belas imagens das luzes dos carros fora de foco, assim como a tela em branco que tanto chamou minha atenção ao ver “Pollock”, puxam nossa imaginação e nos tiram um pouco da inércia de estar sentado em uma poltrona diante de uma tela, sorvendo passivamente o que nos jogam sobre os olhos. Para ver não basta enxergar, como também me lembrou a cena final, em que um bebê nasce e abre as janelas da sua alma pela primeira vez.

    Nota: 8,5/10

    sexta-feira, julho 19, 2002

    O Ataque Dos Clones

    Antes de mais nada: “Star Wars” é o cacete; é “Guerra nas Estrelas” pô. Essa mania de ficar globalizando tudo, chamando Super-Homem (OK, quase botei um link aqui para Nietzsche, só de sacanagem) de Superman... É como diz a Paula: “páracomisso”.

    E outra: parem de superestimar a série do George Lucas, assim como a imensa maioria de filmes e séries de ficção científica trash, como “Jornadas nas Estrelas” (ou “Star Trek”, como quiserem), “Arquivo X” e similares. Uma coisa é a grandeza de obras como “2001 – Uma Odisséia no Espaço”, “Alien, o Oitavo Passageiro” e “Crash – Estranhos Prazeres” (sim, este último é uma ficção científica, e das boas, apesar de não ter alienígenas ou supercomputadores); outra coisa é a Carrie Fisher de biquini, o Han Solo congelado, o Yoda errado falando e o R2D2 sendo uma lata velha horrível.

    O “Guerra nas Estrelas” original (“Uma Nova Esperança”, o quarto episódio, lançado no fim dos anos 70) é um marco no cinema mundial, não tem jeito. Apesar da PÉSSIMA interpretação de Mark Hammil como o salvador Luke Skywalker, o filme carimbou no imaginário popular os personagens supracitados, além do Chewbacca, do Darth Vader (aos oito anos, eu tinha uma máscara dele, que veio numa embalagem de Nescau _como fazia com a maioria dos meus brinquedos, acabei tacando fogo nela; sim, Nero era meu imperador preferido), do C3PO, do Obi-Wan Kenobi e da expressão “que a Força esteja com você”.

    Então é preciso reconhecer: “Guerra nas Estrelas” é legal, sim. Mas não exagerem. Se não vocês tiram toda a graça desses filmes.

    Este “O Ataque dos Clones”, o segundo episódio da série e o quinto a ser lançado, é, sim, um filme legal _e olha que muita gente bem mais fã do que eu meteu pau (sem contar a incontestável Vanessa, que já não tinha gostado antes e continuou não gostando depois de assisti-lo comigo, numa sala imensa e quase vazia no Central Plaza, lá na área dela, numa sessão do meio-dia, antes de irmos ao parque Celso Daniel, em Santo André). Muito superior ao chatinho “A Ameaça Fantasma” _aqui quase não tem Jar-Jar Binks, mas a pequena aparição dele é desastrosa para o enredo (porque é ele quem... ah, assista, vai).


    O melhor do filme é, sem dúvida, as cenas de ação _em especial a perseguição a um caçador de recompensas em um cenário urbano que remete a “Blade Runner” e “O Quinto Elemento”, com um leve toque de “Os Jetsons”. A história, cujo final já sabemos há muito, é bem contada, ligando os pontos entre o pequeno Anakin do filme anterior e a ex-rainha, agora senadora (mais um parêntese aqui: a questão política está mais presente neste filme do que nos outros episódios. E política pró-EUA, lógico), Amidala, que vai dar em Leah e Luke, e a aproximação do tal “lado negro da força”.

    Todo mundo está xingando a interpretação do tal Hayden Christensen, que encarna o Anakin adolescente; eu achei mais ou menos, lembrando que grandes atuações não são mesmo o forte da série (mesmo o Han Solo de Harrison Ford e o Dooku _Dookan, na versão brasileira, para evitar piadinhas, assim como o Siphodias virou outro nome... e em “A Ameaça Fantasma” havia o capitão Panaka, lembra? Será que o George Lucas tem algum assessor brasileiro sacana?_ do Christopher Lee não são excelentes, apesar de acima da baixa média de todo o “Guerra nas Estrelas”...).

    Outra coisa que achei legal neste filme é que não há um protagonista claro; não apenas o casal Anakin/Amidala aparece generosamente, mas também o Obi-Wan Kenobi do meu sósia (segundo a Viviane) Ewan McGregor, além de Sammy “Bad Motherfucker” L. Jackson e do velho Yodão de Frank Oz _que agora é totalmente digital, e não mais um bonecão de borracha animado. Até a mais que manjada duplinha R2D2 e C3PO volta a marcar presença...

    Opa, falei a palavra mágica aí em cima: “digital”. George Lucas está com os olhos no futuro e é provavelmente o maior entusiasta da confecção e projeção cinematográfica digital, sem película. E o cinema está realmente atrasado nesta conversão, que já ocorreu no campo fotográfico, fonográfico e de vídeo domiciliar. Sempre existirão os que dirão que “a película é isso, a válvula é aquilo, o vinil é aquela coisa linda”; mas um dia o cinema já foi mudo e em preto-e-branco _sem falar na questão da grana, que, afinal, move o mundo. Talvez George Lucas não venha a ser lembrado apenas como o homem que segurou a câmera naquele velho documentário chapa-branca dos Rolling Stones e cunhou a frase “a long time ago, in a galaxy far, far away...”...

    Nota: 7/10

    segunda-feira, julho 15, 2002

    ABC África

    Ultimamente tenho assistido documentários no cinema, coisa que não costumava fazer. E sempre me surpreendo ao constatar que as sessões andam quase sempre lotadas. Será um fenômeno tipicamente paulistano? Os documentários estão ficando mais pop? Você vai ao cinema para ver esse tipo de filme? Gosta ou não gosta? Se quiser/puder, responda/opine, por gentileza, clicando embaixo deste texto, escrito do computadorzinho vagabond do meu páps, em um teclado mais duro do que eu nestes dias que correm, e atualizado com conexãozinha de 40 kbps, direto da cidade das brisas suaves.

    Este “ABC África” eu assisti em um domingo de junho, na companhia da surpreendente Vanessa, no Arteplex da Frei Caneca. Não tínhamos a menor referência a respeito do filme, a não ser o fato de ser dirigido pelo Abbas Kiarostami, talvez o mais hypado dos cineastas iranianos. O que não me dizia muita coisa _depois que assisti a “O Balão Branco”, peguei birra (muitas vezes injusta, reconheço) de filmes feitos na terra do finado aiatolá Khomeini.

    Ao contrário da maioria dos documentários, que investem bastante na investigação e no didatismo, como o já comentado “Promessas de um Novo Mundo” e outros que vi anteriormente, este “ABC África” é um trabalho que pode ser rotulado de duas maneiras, dependendo do humor do freguês: “despojado” ou “preguiçoso”.

    Munido de câmeras digitais portáteis _o conteúdo foi transposto para a película de 35 mm posteriormente_, Kiarostami e seus assistentes viajam até Uganda para conhecer o programa Uweso, que dá assistência a órfãos que perderam os pais em decorrência da altíssima incidência de Aids (aqui e aqui) na região.

    Eles simplesmente documentaram a viagem, em uma reportagem absolutamente espontânea. Chegando ao país, pedem para o motorista colocar uma fita com música local _música que se mostrará bastante presente no cotidiano do povo ugandense. Filmam uns aos outros, brincando. Filmam as crianças, que, curiosas, amontoam-se para olhar para a câmera e sair no filme _alguns adultos também não resistem.

    A atuação do Uweso é mostrada por meio de poucas entrevistas e muitas imagens, sem muito uso da narração em off. Os funcionários do programa contam como o conceito de poupança coletiva foi introduzido nos grupos de mulheres que se responsabilizam pelos órfãos. Nas paredes das casas, pôsteres de Bob Marley competem com fotografias do papa João Paulo II.

    A insistência do catolicismo em reprovar o uso da camisinha é criticada duramente. Um outdoor fazendo propaganda de preservativo contrasta com um calendário que prega a virgindade _dê uma risada irônica neste ponto. O conteúdo do filme vai se formando por acaso _a informalidade é tanta que, em certo momento, o assistente de Kiarostami o chama, dizendo “Venha cá, há algo interessante a ser filmado”.

    O próprio título da obra foi tirado de um bebê, a menina Paskazia _que aparece no cartaz do filme, com sua blusinha onde lemos “ABC”_, adotada por um casal austríaco, abordado em um restaurante por Kiarostami. O aparente desleixo _ou o desejo de fazer algo realmente diferente, fora dos padrões do filme-documentário_ do diretor iraniano chega ao ápice quando, após a luz do hotel onde estão ser cortada, as câmeras continuam filmando a escuridão por cerca de dez minutos, desconcertando a platéia por meio da uma cegueira imposta. O esforço do velho Abbas em abrir nossos olhos para esta grave questão pode não ter sido hercúleo, mas não deixa de ser admirável, apesar de não ser marcante o suficiente para se tornar inesquecível.

    Nota: 7/10

    quinta-feira, julho 04, 2002

    Quarto do Pânico

    Demorou, mas ficou pronto o humilde logotipo deste site (porcamente idealizado por mim, magistralmente melhorado e realizado pela inigualável Vanessa), o que causou esta demora inédita na atualização do mesmo. Agora que estamos de fuça nova, vamos voltar à programação normal e meter a boca em mais um filminho chinfrim que está passando por aí.

    Demorei para ver “O Quarto do Pânico” porque prometi levar uma velha amiga _seria o meu presente de aniversário para a indivídua, que adora “Clube da Luta”. Mas como ela é a maior enroladora que conheço, acabou perdendo.

    Mas, então, eu tenho uma baita de uma birra com o David Fincher. Não gostei de “Alien 3”. “Se7en” é um dos PIORES filmes que já vi em toda a minha vida _sério, poucas vezes eu tive a sensação de ter jogado o meu tempo no lixo; o filme é absolutamente revoltante, horroroso, péssimo etc.

    E “Clube da Luta” é um filme Denorex: parece bom, mas não é. Da primeira vez em que o vi, até que achei bonzinho, mas ao vê-lo pela segunda vez, suas deficiências tornam-se evidentes... E olha que filmes como “Os Outros” podem ser apreciados mesmo depois de o final ser conhecido, ou seja, Fincher pisou feio na bola.

    Este “O Quarto do Pânico” está longe de ser grande coisa, mas é muito melhor do que “Fight Club”. O enredo mistura um típico filme de assalto a um também típico “thiller claustrofóbico”. É, o velho Finchão não se esforçou muito para fugir dos clichês...

    Vamos à história: Jodie Foster (nããão, não é aquele CD dos Pin Ups) interpreta a ex-mulher de um magnata da indústria farmacêutica que se muda com a filha adolescente para um enorme apartamento em Manhattan. O apê pertencia a um milionário, que deixou uma grana preta escondida no tal quarto do pânico, um aposento impenetrável, abrigo contra invasores. E eis que, justamente na primeira noite em que Foster e a filhota (que, lógico, é diabética e vai surtar em algum momento da bagaça) passam na nova casa, três ladrões mequetrefes (um ex-enfermeiro do antigo dono do imóvel, um funcionário da empresa que fabricou o tal “quarto do pânico” e um bandidão sangüinário) invadem a casa para pegar a bufunfa. Lógico que Foster se esconde no tal quarto, e os meliantes medíocres precisam arrumar algum jeito de expulsá-las dali.

    Uma pena que o jogo de gato e rato proposto pelo filme não consiga ser eletrizante. O fato de a história ser absurdamente inverossímil não constitui grande falha, exagero é bom e eu gosto. O que não dá para perdoar são os movimentos de câmera asininos do diretor, que insiste em malabarismos bobos e que só impressionam a estudantes de cinema vidrados meramente em aspectos técnicos. Pow! Soc! Tum!

    Nota: 6/10

    Na platéia