A gruta é mais extensa do que a gruta

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    sexta-feira, outubro 24, 2003

    A Noite dos Mortos Vivos / A Morte do Demônio / Halloween – A Noite do Terror / O Iluminado

    Quando eu nasci, Papai do Céu apontou o dedo pra mim e falou: “Esse é o cara!”.

    Mas agora não é hora de falar do Romário, e sim do Romero. Não do Cesar Romero, galã latino das antigas que acabou ficando mais famoso por interpretar o Coringa no clássico seriado “Batman”, mas do George Romero, um desses caipiras americanos que se enveredaram pelo cinema da única maneira que lhes foi possível: fazendo filmes de baixo orçamento, com produção independente.

    Romero entrou para a história por causa deste “Night of the Living Dead”, lançado em 1968. O forte é a inventividade de alguns planos, além da fotografia em p&b e de algumas sacadas do roteiro: pra começar, o protagonista é negro (não gosto de entrar na questão racial, mas os próprios americanos gostam de lembrar que só foram dar Oscar de melhor ator/atriz para blacks há pouquíssimo tempo); pra terminar, o final, irônico (e narrado apenas com fotografias still), é muito legal. Os pontos fracos, como era de esperar, estão nas caracterizações dos mortos (conseguem ser ainda piores do que os clássicos filmes de monstros dos anos 30, que imortalizaram figuras como Boris Karloff _citado por Jack Nicholson no making of de “O Iluminado”_, Bela Lugosi e Lon Chaney Jr.) e na pobreza das atuações. Mas, pelo menos, é bem melhor do que o horroroso “Dia dos Mortos”, terceira (a segunda eu não vi, a quarta está a caminho) parte da série dos defuntos, feito no meio dos anos 80... Mas Romero não fez apenas terror, é recomendável explorar outros filmes do cara.

    As qualidades e os defeitos de “The Evil Dead” (estréia em longas de Sam Raimi, cuja obra-prima ainda é “Um Plano Simples”, que traz a melhor atuação de Billy Bob Thornton), filmado em 1979, mas lançado apenas em 1982, são praticamente os mesmos de “Night of the Living Dead”. Se os atores (encabeçados pelo grande canastrão Bruce Campbell) são péssimos, e os “defeitos especiais”, podríssimos, Raimi realiza um filme invulgar, já experimentando com movimentos de câmera que seriam sua marca em obras posteriores suas e dos irmãos Coen _sim, Joel Coen trabalhou na edição deste filme. Isso se confirmaria em “Uma Noite Alucinante 2”, refilmagem de “A Morte do Demônio” (eu adoro este título) lançada em 1987, feita com muito mais dinheiro e um toque mais humorístico (que seria exagerado em “Army of Darkness”, terceiro longa da série). E olha que Raimi já declarou ter vontade de fazer “The Evil Dead 4”, além de a famosa revista “Fangoria” ter revelado que o personagem Ash deverá aparecer na continuação (é, tavam esperando o quê?) de “Freddy vs. Jason”...

    (Mais) um parêntese: tenho um amigo que detesta este tipo de filme, porque os considera sérios e, para ele, filme trash que se preze não pode se levar a sério (a exemplo do sensacional curta-metragem universitário “Night of the Living Bread”, de 1990, onde pães de fôrma assassinos aterrorizam uma pequena cidade). Mas eu creio que quem leva estes filmes a sério é ele; se você assiste a eles com o intuito de se divertir, comendo pipoca e bebendo com os amigos, fazendo arruaça e rachando de rir, seu dia está ganho. Sem falar que é admirável a vontade desses caras de fazer cinema, com pouco dinheiro, conforto, glamour ou medo do ridículo, chamando os amigos para dar a cara pra bater também. E olha só onde o Raimi está agora, dirigindo blockbusters legais como “Homem-Aranha”, além de já ter filmado com Gene Hackman, Sharon Stone, Leonardo DiCaprio e Russell Crowe, para citar apenas “Rápida e Mortal”. Ah, se o nosso Zé do Caixão tivesse tido um destino parecido...

    Falando em Freddy, Jason, Chucky e outros bichos feios (os 80 ainda veriam a refilmagem de “A Noite dos Mortos Vivos”, também com um toque pastelão _até Michael Jackson na fase “Thriller” é citado), quem deu a partida neste gênero de terror adolescente tão satirizado em “Pânico” e “Todo Mundo em Pânico” (cuja terceira parte será dirigida por David Zucker e trará Leslie Nielsen e Charlie Sheen) e cia. foi John Carpenter, com seu “Halloween” (cujo título original era “The Babysitter Murders”, urgh), de 1978, considerada a produção independente mais lucrativa da história _teria custado US$ 230 mil e lucrado cerca de US$ 50 milhões. Taí o filme que estabeleceu todos os clichês do gênero: começa com um assassinato, efetuado por um personagem incógnito, pra “esquentar” (um prólogo antológico, com câmera subjetiva); as vítimas são mocinhas (e seus namorados, depois que eles trepam); o assassino é praticamente imortal; as seqüências pululam (parece que o nono exemplar da série pinta no ano que vem...).

    Mas não é que o filme é legal? Pelo menos este primeiro exemplar da série, já que não vi os outros (alguém aí viu “Christine, o Carro Assassino”, também inspirado em Stephen King? Sempre ouvi falar bem deste filme, assim como de “Assalto à 13ª DP”, considerado uma mistura de “A Noite dos Mortos Vivos” com “Onde Começa o Inferno” _ou “Rio Bravo”_ e umas pitadas de “Os Pássaros”). Carpenter (que também é músico e costuma compor os temas principais de seus filmes) conta bem a história do pimpolho Michael Myers, que foge do hospício para atormentar Jamie Lee Curtis (a filha de Tony Curtis e Janet Leigh, gostooosa, estreava aqui no cinema). O que chama a atenção é a falta de sensacionalismo barato; os (poucos) assassinatos estão longe de ser sangrentos ou chocantes (na verdade são bem sutis), e a narrativa é bem-sucedida ao contruir o clima de suspense.

    Mas quem se mostra mestre em construir um clima de tensão com classe, sem apelar para monstros ou tripas, é o velho Kuby, que, obviamente, está a anos-luz dos outros três abordados neste texto. Além de todo o savoir faire do barbudo (algumas de suas características, como o excelente uso da trilha sonora _Bártok, Penderecki, Ligeti etc._, essencial nesse tipo de filme, a montagem fantástica _poucas imagens são tão aterradoras quanto aquelas menininhas sinistras_ e o uso de steady-cam, então ainda uma novidade, estão lá), “The Shining”, de 1980, traz um grande diferencial em relação aos outros filmes citados neste texto: um elenco de primeira.

    E não se trata apenas de um Jack Nicholson literalmente infernal (nem o Jim Carrey consegue fazer aquelas expressões faciais); Shelley Duvall, a eterna Olívia Palito, é perfeita para choramingar incessantemente e fazer cara de pavor; Danny Lloyd, o garotinho, está muito bem, considerando sua idade; e o figura Scatman Crothers (que, no making off dirigido pela Vivian Kubrick _aquela menininha que aparece atendendo o videofone em “2001”_, se debulha em lágrimas ao falar do filme) também dá conta do recado. Adicionem a isso tudo um cenário sensacional, acrescido de tomadas aéreas belíssimas (dizem que algumas sobras delas teriam sido aproveitadas no final de “Blade Runner”, no final), da mulher pelada mais aterrorizante da história do cinema (ela parece um E. T.) e de alguns pequenos clichês do gênero, como um local construído sobre um cemitério indígena, a existência de crimes anteriores em situações semelhantes, um garotinho com poderes paranormais e o uso de um machado... para você aprender de vez que muito trabalho e pouca diversão fazem de Jack um garoto bobão.

    P. S. Nada a ver com terror: abaixo, seguem dois trechos polêmicos de palestras de Jean-Luc Godard, realizadas em 1980, para que vocês concordem ou discordem...

    “‘O Desprezo’ não pode dar uma idéia do cinema, só uma idéia _foi o que tentei fazer_ de certos personagens de cinema, e acho-o menos desonesto, por exemplo, do que o filme de Truffaut, que procura fazer as pessoas dizerem: ‘É assim que acontece no cinema’; e os espectadores... não entendem nada, mas ficam satisfeitos de verem confirmada a sua idéia; não entendem nada e acham que é assim que as coisas acontecem, quando não foi assim, absolutamente, que se passou no filme ‘A Noite Americana’. Quanto a mim, rompi completa e definitivamente com Truffaut, em parte por uma questão de dinheiro. Mas, no momento em que lhe lembrei essa questão de dinheiro que havia entre nós, disse-lhe que tinha assistido ao seu último filme e que, entre todos os planos, havia um que faltava: era um plano em que eu o vira entrar num restaurante de Paris, de braço dado com Jacqueline Bisset, enquanto estava rodando o filme. Dado o filme que ele fez, isso não tinha importância, já que era por isso que tinha feito o filme. Nem todos os planos dele com Jacqueline Bisset estavam ausentes do filme, ao passo que ele não se importara em inventar histórias sobre outros personagens. Ele não me respoundeu. Não temos mais relações. Mas, justamente, não é por acaso que ‘A Noite Americana’ obteve o Oscar de melhor filme estrangeiro; pois, na verdade, é um filme tipicamente americano. (...) Mas, ao mesmo tempo, penso que recompensaram esse filme porque ele disfarçava bem, fazendo crer que revelava o que pode ser o cinema: um truque mágico do qual não se compreende nada e, ao mesmo tempo, que mostra simultaneamente um mundo muito agradável e desagradável... o que faz com que as pessoas fiquem satisfeitas em não fazer parte dele e, ao mesmo tempo, encantadas por pagar regularmente cinco dólares para ir ver um filme. (...) O que há de desonesto no filme de Truffaut é que ele não mostra como contrata o pessoal: por que contrarou Jean-Pierre Léaud... Truffaut só mostra a si mesmo numa cama de solteiro _que ele já não tem_ e depois sobrepõe a palavra ‘cinema’, o que, mesmo para mostrar que ele está pensando no cinema, é de uma estupidez incrível. (...) A verdadeira vida de François Truffaut seria um filme muito bonito e que custaria terrivelmente caro. Porque sua carreira foi das mais estranhas. (...) Ele se deixou arrebatar pelo cinema, tornou-se tudo o que detestava.”

    “Fui assistir a ‘Contatos Imediatos de Terceiro Grau’, e o que eu queria ver era o contato imediato do terceiro grau. Pois bem, a gente não o vê; o filme termina justamente naquele momento. Eu qualificaria isso de ‘covarde’, se fosse preciso qualificá-lo. Há aí toda uma covardia de quinze milhões de dólares... Analfabetos? Não, analfabetos, não. Spielberg pretende ser um homem culto; saiu de uma universidade. Esse é o cinema que se ensina nas universidades. Mas, bem... se eu tivesse algo a lhe dizer, seria: ‘Bom, isso não é muito corajoso’... E não é muito corajoso porque, se ele encontrasse um E. T., não saberia o que lhe dizer. Enquanto eu, de minha parte, teria muitas coisas a lhe dizer, por ser eu mesmo um E. T. Mas ele, é o cúmulo... Não podemos sequer chamá-lo de covarde. Melhor chamá-lo de escroque. Ao mesmo tempo, admiro realmente sua habilidade, uma bela trapaça de quinze milhões de dólars que rende oitenta... Essas coisas sempre me deixam boquiaberto; pois há também muito trabalho, a sua maneira. Por isso não lhe posso querer mal. O que não lhe perdôo é que não conte as coisas como se deve.”

    quarta-feira, outubro 08, 2003

    2001: Uma Odisséia no Espaço / Barbarella / Scanners - Sua Mente Pode Destruir

    Michael Rennie was ill, the day the Earth stood still, but he told us where we stand. And Flash Gordon was there, in silver underwear, Claude Rains was the Invisible Man. Then something went wrong for Fay Wray and King Kong, they got caught in a celluloid jam. Then at a deadly pace, it came from... outer space, and this is how the message ran: science fiction, double feature, Doctor X will build a creature. See androids fighting Brad and Janet, Anne Francis stars in Forbidden Planet, at the late night, double feature, picture show!

    É, os últimos textos andam temáticos. Os próximos, idem.

    Então, é lógico que eu considero o Kuby um grande cineasta, apesar de ele não figurar entre meus preferidos. Já se observou (talvez com certo exagero) que, apesar de seus filmes abordarem temas distintos, a marca do artista é bastante clara em todos eles. Não sei se concordo com tal afirmação _quando penso no véio Kuby, o que me vem à mente é a idéia de um realizador invulgar, ambicioso, original e perfeccionista, com um estilo bastante frio e lento, cujos destaques positivos são a montagem, a fotografia e a trilha sonora.

    No caso de "2001: A Space Odyssey" (que foi malhadíssimo na época de seu lançamento, em 1968, mas que acabou gerando bastante lucro para a MGM, além de se tornar um clássico indiscutível), os adjetivos que coloquei após a paravra "realizador" vêm bem a calhar. Kuby, aliado ao recluso escritor Arthur C. Clarke (que, junto ao roteiro, desenvolveu o romance homônimo, razoavelmente diferente da obra cinematográfica), deu luz a um filme incrivelmente corajoso, exigente e interessante.

    Ficção científica era (e, na imensa maioria dos casos, continua sendo) um gênero bastante popularesco (para não dizer "trash"), quase que totalmente voltado ao mero entretenimento, seja no campo da literatura (com louváveis exceções, como Isaac Asimov, o próprio Clarke e alguns outros), dos quadrinhos, do cinema e da TV. Kuby vai pela contramão e faz uma FC que não só busca ser fiel aos fatos científicos (por incrível que pareça, uma raridade), como abdica das grandes batalhas intergalácticas, dos alienígenas monstruosos e gosmentos e de um presidente dos EUA salvando a pátria.

    É verdade que o filme poderia ser mais curto (tem quase duas horas e meia, ou seja, a mesma duração de "Pulp Fiction", por exemplo, mas com um ritmo que desafia muito mais a paciência do espectador comum _na verdade, o filme era ainda mais longo, Kuby cortou um bom pedaço após algumas famigeradas exibições-teste), mas "2001" é um espetáculo sensorial que encharca nossos olhos e ouvidos, portanto, a duração da viagem se justifica... Mesmo a "overture" e o intervalo, nos quais nos deparamos apenas com a tela preta e com a grande música de György Ligeti (o mais pop dos compositores eruditos pós-1945), são fascinantes _em DVD, eu juro que não aperto o FF.

    Simplesmente não sentimos a falta de diálogos (na verdade, eles até nos irritam _pelo menos, irritam a mim), porque a ação, embora lenta, é constante quando as palavras estão ausentes, e todo o som do filme é de uma excelência que dispensa o verbo. Paradoxalmente, as falas mais interessantes do filme vêm justamente de HAL-9000 (pense na letra que vem depois do H, do A e do L no alfabeto), o supercomputador "infalível" que profere coisas espantosas como "estou com medo" e "eu posso sentir". Os assassinatos que ele comete estão, na minha opinião, entre os mais chocantes já registrados no cinema _justamente por serem tão pouco sensacionalistas e tão... desumanos. Dá medo (alguém aí viu "A Geração de Proteus?").

    Muito se discute sobre os significados contidos em "2001", já que a obra mostra bastante, mas explica pouco. Várias pistas são dadas, a começar pelo título, que se submete ao poema épico atribuído a Homero, ao famosíssimo tema de Richard Strauss (que já vendeu até fogão), que remete a um dos mais célebres escritos de Nietzsche, e de cenas que podem lembrar das teorias evolutivas de Darwin e de várias passagens da Bíblia judaico-cristã. Uma das poucas coisas que parecem definitivas, ao assistirmos ao filme (obviamente, o livro é bem mais didático, dizem _eu não o li, mas acredito), é a de que os monolitos negros (que aparecem sempre que há um alinhamento de astros) são espécies de alarmes deixados no Sistema Solar por uma "inteligência superior" (quem sabe o povo da cultura racional?)... Mas deixemos que a discussão sobre esta obra se passe no espaço reservado para os comentários.

    Lançado na mesma época, "Barbarella", outra ficção científica, não poderia ser mais diferente. O filme de Roger Vadim (conterrâneo/contemporâneo dos maiores nomes da Nouvelle Vague _na verdade, o primeiro deles a fazer sucesso, ao lançar, em 1956, "...E Deus Criou a Mulher", que imortalizou a beleza monumental de Brigitte Bardot_, embora seja acusado de futilidade, por causa da preferência pelas belas mulheres _epa, o que pode haver de fútil em algo tão fundamental?), ao contrário da revolucionária obra de Kuby, é tradicionalista ao se inspirar em uma HQ de FC que investe muito mais em aventuras rocambolescas com um toque erótico do que na ciência. Algum mal nisso? Não, nenhum.

    Obviamente, "Barbarella" está longe de ser espetacular como "2001", mas trata-se de uma boa produção, considerando o seu estilo. O filme não tem a menor vergonha de ser kitsch e está em sintonia com o seu tempo, ao abusar da psicodelia (a trilha sonora também é deliciosa), dos cenários e dos figurinos fantásticos. E, além de uma Jane Fonda belíssima (sim, ela aparece pelada) e verdadeiramente engraçada, o filme ainda traz co-adjuvantes de luxo, como Ugo Tognazzi e o famoso mímico Marcel Marceau. Pode ver com um baldão de pipoca, divirta-se.

    Pra encerrar, pulemos para o início dos anos 80, quando o canadense David Cronenberg lança o seu primeiro sucesso. Um filme de baixo orçamento, com um argumento interessantíssimo, mas cujo desenvolvimento deixa um pouco a desejar (embora a obra seja célebre, nem vou comentar o enredo, para não estragar as surpresas de quem ainda não viu).

    "Scanners", apesar de ser meio "trash" (Cronenberg apuraria muito mais o seu estilo durante o restante da década, embora tenha dado umas escorregadas nos anos 90 _ele deveria levar um cacete pelo que fez com "Naked Lunch"), merece seu êxito, com sua atmosfera pesada, de pesadelo (mas não tanto quanto os momentos mais tensos de "2001"), e seus questionamentos da biotecnologia, num mundo em que clones produzidos em laboratório ainda eram coisa de ficção científica.

    O destaque aqui vai para a figura de Michael Ironside, um ator (também escritor) que vive fazendo papel de vilão (ele também está bem em "Tropas Estelares", um filme interessantíssimo e nem sempre compreendido _a princípio, eu recomendo qualquer coisa do Verhoeven), e da linda e malucaça Jennifer O'Neill (que nasceu no Rio de Kaneiro e já teve mais maridos do que a Elisabeth Taylor e a Liza Minelli juntas, além de ter tentado suicídio com certa freqüência). Bons sonhos!

    P. S. Falando em ficção científica e em HQ, acabou de sair um excelente livro: "Skreemer", do Peter Milligan, um dos roteiristas mais premiados e consagrados do métier. A obra mistura FC com histórias de gângster e "Finnegan's Wake"... Coisa fina. Mas o melhor de tudo é que a tradução é assinada por alguém que eu conheço... Vão comprar já!

    Na platéia