A gruta é mais extensa do que a gruta

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    quinta-feira, dezembro 18, 2008

    No dia e hora de uma coisa sem a menor importância (era a final de um campeonato de futebol), algo muito mais legal acontecia na sala BNDES da Cinemateca de São Paulo: a sessão com curadoria de Carlos Reichenbach que terminava com "Nas Duas Almas" (antecedido de trabalhos de Daniel Chaia, Inácio Araújo, do Carlão e de João Callegaro). Fico muito feliz ao me dar conta de que, a cada vez que vejo o vídeo do Vebis, ele me agrada mais. E como ele avisou nos comentários do texto anterior, Daniel Caetano escreveu sobre ele (segue um trecho): "Os atores são ótimos, a montagem tem movimento, as situações são boas e, sobretudo, Nas Duas Almas apresenta personagens de verdade mesmo: com aquelas figuras totalmente rockabillies, ele transparece um clima gostoso de cotidiano, de carinho por todas aquelas coisas que mostra. Por aí já dá pra entender por que o Inácio o comparou com o Sol Alaranjado, mas o filme do Vébis tem uma certa nonchalance, um jeito relax de ser, tem um humor sem melancolia, meio gozador mesmo: aqueles personagens são estranhos, mas são gente como a gente, oras." É muito bom ver o curta ser apreciado por quem entende do riscado e não está elogiando porque é amigo do diretor. E mesmo que não fosse um comentário positivo, esse feedback é essencial para repensarmos sempre nossos trabalhos.


    ***


    A obra-prima da vez é "This Sporting Life", de Lindsay Anderson (mais conhecido por "If...", do qual tenho ótimas lembranças, mas me parece menor do que este). Richard Harris, em um de seus primeiros fimes, como o durão jogador de rúgbi Frank Machin, está brilhante, numa atuação digna de um Brando; sua co-estrela Rachel Roberts também está ótima. A história, contada de maneira fragmentada, com muitos flashbacks e flashforwards (estilo que ainda hoje é considerado moderno e ousado), atinge picos de emoção em várias cenas, mas o filme passa longe do dramalhão. Uma gema do cinema inglês que merecia ser mais reverenciada, inclusive por este texto (não ter tempo para escrever comentários que prestem é uma pena).


    Outro dos melhores filmes desta leva também é feito na Inglaterra: "Bunny Lake Is Missing", de Preminger, não segue à risca o romance que adapta e combina preto-e-branco, cinemascope e planos longos com muita movimentação de câmera. A idéia foi reaproveitada de certa forma em pelo menos um filme, com a Jodie Foster, que ainda não vi. Olivier abre os créditos, mas a protagonista é mesmo Carol Lynley, ótima _Keir Dullea (mais famoso por seu papel em "2001: Uma Odisséia no Espaço") e Martita Hunt também se destacam, mas quem rouba todas as cenas em que aparece é Noel Coward, com uma personagem impagável, mas que não tem importância alguma para a história! Também não entendi o destaque dados aos Zombies, já que a banda aparece (até demais, é bem artificial) apenas pela TV em um pub e depois na trilha sonora.


    Bem aquém destes estão alguns filmes de terror que reúnem grande elenco, tendo à frente Vincent Price. O primeiro é bom: "Tales of Terror", dirigido por Corman, traz três histórias baseadas em contos de Edgar Allan Poe (o próximo livro que lerei em casa _sempre leio outro fora de casa_ é justamente suas obras completas) num belo cinemascope colorido. É despretensioso, leve, bem-feito (com muitos efeitos criativos) e muito gostoso de assistir. Há um ótimo momento, o hilário duelo de degustação de vinhos entre Price (engraçadíssimo) e Peter Lorre. Também aparecem Basil Rathbone e Debra Paget (em seu penúltimo filme). O outro, "The Comedy of Terrors" , penúltimo filme do grande Jacques Tourneur (literalmente em fim de carreira), volta com Vincent Price, Peter Lorre e Basil Rathbone, com a adição de Boris Karloff e das beldades Joyce Jameson e Beverly Powers _assinando com o grande nome Beverly Hills_, além do gato Rhubarb. Mas o filme não é engraçado nem assusta _ou melhor, deslumbra. O terceiro filme de terror visto é de outra cepa (e também minha única visita ao Japão neste texto): "Kaidan", que Kobayashi fez entre seus dois filmes mais conhecidos, traz quatro histórias de espíritos. As duas primeiras são as mais simples e previsíveis (por terem sido muito imitadas?). A terceira, a mais longa, também tem ritmo lento como as antecedentes, mas é a mais grandiosa (a cena da batalha naval é fantástica). A última é a mais curta e enigmática. Todas adequadamente jogam o naturalismo para as cucuias, com aquele cuidado típico das grandes produções japonesas. Keiko Kishi (a mulher da neve) e Michiyo Aratama (a primeira esposa da primeira história) são os destaques do elenco, que também tem Tatsuya Nakadai e Takashi Shimura. Um grande filme, mas bem longe da maravilha que foi o anterior "Seppuku" (que disputa com "Meninos de Tóquio" o posto de melhor filme japonês em minha ronin opinião).


    Faroestes também pintaram por aqui: o melhor é "Invitation to a Gunfighter", um dos últimos dos menos de dez filmes dirigidos por Richard Wilson (que foi assistente de Orson Welles). De baixo orçamento, é do meu subgênero predileto, desses sem índios nem cavalaria, mas enfocando injustiças em uma pequena cidade. Yul Brynner (talvez em seu melhor papel? Nunca fui muito com a careca dele) e George Segal estão ótimos, mas quem se destaca é Janice Rule _Pat Hingle também faz um bom vilão. Cenas surpreendentes não faltam, assim como boas falas. O final não deixa de ser ótimo, mesmo sendo folhetinesco e um tanto convencional. Também encarei o "Cheyenne Autumn", cujo nome no Brasil, "Crepúsculo de uma Raça", fiquei sabendo graças ao Ailton. É o antepenúltimo filme de Ford, feito após o pândego "Donovan's Reef", e uma longa superprodução em 70mm com direito a "overture", "intermission" e "entr'acte". Aqueles planos abertos maravilhosos não são o suficiente para fazer deste um dos maiores do diretor, mas ainda assim é um grande filme, com um elenco estelar e um posicionamento simpático aos índios e crítico à obediência cega dos militares. Quando Richard Widmark começa a narrar o filme, a voz lembra demais John Wayne. Há uma seqüência bem-humorada e estranha na qual James Stewart interpreta um Wyatt Earp cômico, muitíssimo diferente do clássico e trágico Earp de Henry Fonda. "Minnesota Clay", se não me engano, é dos primeiros spaghetti de Corbucci, que já tinha dirigido uns 20 filmes (pepluns de Maciste e outros). Cameron Mitchell interpreta um pré-Django _mas em vez das mãos arrebentadas, o drama de Clay é a perda da visão _suas subjetivas com trucagens são uma delícia. Mas não é apenas isso que fazem deste filme uma diversão garantida para fãs do gênero. E Ethel Rojo é um destaque como a interesseira Estella. E aqui no Brasil, creio que podemos considerar um western "A Hora e a Vez de Augusto Matraga". Segundo filme de Roberto Santos, obviamente ambicioso ao adaptar o último e possivelmente o melhor conto de "Sagarana" (li há tanto tempo...). Leonardo Villar é absolutamente brilhante, e Joffre Soares também segura a peteca, assim como Flavio Migliaccio. A religiosidade estranha de Matraga é muito bem trabalhada, e há planos curiosos, como aquele em que ele olha uma mulher passando e, em vez de fazer um comentário mais comum ele manda: "Todos os anjos do céu tinham de ser mulher"; em outro plano, ele se dirige ao "capeta", mas olha para o céu! Santos filma bem cenas de ação e experimenta com subjetivas e outros posicionamentos de câmera inusitados. Tomara que seja restaurado _a cópia que vi, gravada do Canal Brasil, não estava nada boa.

    Outro dos melhores filmes da vez veio de um diretor que sempre acho interessante: Pasolini "Gaviões e passarinhos", que começa em um tom de comédia (com os créditos cantados) que nem sempre se manterá, une Totò em um de seus últimos filmes e Ninetto Davoli praticamente estreando (assim como a vestal Femi Benussi, que teria uma carreira farta em comédias eróticas e gialli). Não há propriamente uma história, mas uma série de referências a outros filmes do diretor, formando um painel bastante abrangente de suas obsessões. As cenas dos frades evangelizando os pássaros são fantásticas. Mesmo sem concordar com todas as idéias de Pasolini e sem me entusiasmar por todos os seus filmes, tenho por ele um respeito imenso: era um verdadeiro artista, corajoso e honesto. Falando em "viadage" (para irritar o Veloso e o Bento XVI), dá para dizer que "My Hustler" é um dos filmes menos chatos de Andy Warhol? Com pouco mais de uma hora, é composto por duas seqüências (estou me despedindo do trema) feitas de planos muito longos, de 15 minutos ou mais: a primeira, a melhor, traz a câmera girando sobre seu próprio eixo e enfocando um michê loiro na praia, enquanto, na casa de uma bicha ricaça e escrota, ela, uma amiga e outro michê disputam para ver quem vai ficar com o loiro, a quem observam; na segunda, os mesmos personagens dialogam num banheiro, e os três supracitados tentam convencer o loiro a ficar com eles. Não sei se o diálogo foi improvisado, mas é ótimo; os atores, aparentemente não-profissionais, estão todos muito bem.

    Outro destaque é novamente Godard, desta vez com "Masculin féminin: 15 faits précis". Feito logo após "Pierrot Le Fou", também escancara bastante o posicionamento político do diretor e é saturado de informação, ao mesmo tempo em que mantém acesa a chama da cinefilia, o bom humor, o erotismo e a ironia. Chantal Goya ilumina a tela com sua beleza e suas canções alegres, e Jean-Pierre Léaud traz seu carisma habitual de garoto abobalhado e pretensioso, esta figura tão comum e universal. Outro clássico, mas não tão bom, é "Um Dia, um Gato", do tcheco Jasny, é uma dessas fantasias infantis malucas e belas que acabam se tornando clássicos. Um gato mágico, quando tira seus óculos, faz as pessoas ficarem coloridas de acordo com suas personalidades ou estados de espírito: obviamente, trata-se de inventivo e caprichado espetáculo visual. Dá para dizer o mesmo do superior "Les Parapluies de Cherbourg": Após "Lola", do qual este não deixa de ser uma continuação (Marc Michel repete seu personagem), Demy retorna com outra história agridoce de amor, no qual não existem vilões (e abundam marinheiros numa cidadezinha). Mas desta vez o filme é em cores, os diálogos estão na forma de canções (música de Michel Legrand, não tem erro), há Catherine Deneuve com 20 aninhos e, novamente, muita grua, muito travelling etc. Demy ainda faria sua obra-prima a seguir: "Les Demoiselles de Rochefort".

    Ainda nos musicais, voltamos a George Sidney em "Bye Bye Birdie", chamado por aqui de "Adeus, Amor": adaptação de um espetáculo da Broadway, satiriza a histeria provocada pelos astros da música (aqui, o alvo é Elvis, com quem, Sidney trabalharia em breve em "Viva Las Vegas _mas ao ver Ed Sullivan e aquelas adolescentes loucas na platéia é impossível não lembrar do estrago que os Beatles fariam um ano depois). O filme praticamente lançou Ann-Margret e Dick Van Dyke (e Janet Leigh não faz feio dançando). As canções são clássicas. E sobrou, para finalizar a seção "ampliando o repertório", "Perdidos no Kalahari", o antepenúltimo filme de Cy Endfield: não empolga muito no início, mas, à medida em que a tensão entre as personagens, vítimas de um pouso forçado (após uma impressionante cena de vôo por entre uma nuvem de gafanhotos) em pleno deserto sul-africano cresce, o filme cresce junto _graças ao instinto de sobrevivência exacerbado da personagem de Stuart Whitman, que infelizmente parece ter razão ao afirmar que a maioria das pessoas é como ele. A beleza e sensualidade de Susannah York também ajuda. O final é bastante cruel e violento, como a natureza. Oscar de melhor ator coadjuvante para o babuíno.

    ***

    De novo, volto à década atual. Acabei de ver um dos filmes mais badalados do ano, "WALL-E", de Andrew Stanton, projeto esboçado ainda no início dos anos 1990 _prefiro o seu anterior "Procurando Nemo" (gosto bastante de "Robôs", que não é da Pixar, mas este é melhor e muito diferente). Entre as inovações estão o longo tempo sem diálogos e o uso de trechos em "live action" (expressão que acho bem estranha), inclusive com cenas do "Hello, Dolly!" de Gene Kelly. A qualidade da animação é impressionante, especialmente nas cenas que se passam na Terra. O problema do filme é que seu início é de longe a melhor parte _quando EVE aparece, as coisas começam a degringolar, para piorarem bem mais quando WALL-E deixa o planeta. Não é estranho quando um dos melhores trechos do filme é não o seu final, mas os créditos finais? Uma animação bem mais humilde, mas também boa, é "Hoodwinked", chamado por aqui de "Deu a Louca na Chapeuzinho" (título bem anos 80). Eu me pergunto a partir de qual idade as crianças curtem essas animações irônicas que explodiram após o sucesso de "Shrek". Este, o primeiro longa em animação produzido pelos Weinstein, é bem escrito e tem algumas boas personagens, como o esquilinho pilhado e o bode caipira e hippie que tem 1.001 chifres para diferentes ocasiões. E o elenco tem Anne Hathaway, Glenn Close, Chazz Palminteri, Andy Dick, Jim Belushi e o rapper Xzibit. A animação 3-D está longe de ser das melhores _o que não é de estranhar, já que não é uma produção de grande orçamento.

    Outro filme que superou minhas parcas expectativas é "Kiss Kiss Bang Bang", o único filme dirigido por Shane Black, mais conhecido por ser o roteirista da série "Máquina Mortífera". É uma pequena pérola de humor negro ambientada na "freaky" L.A., embora a freqüente quebra da quarta parede encha um pouco o saco, interrompendo. Fazia tempo que um filme não me arrancava tão boas gargalhadas _os diálogos são excelentes. Michelle Monaghan, fantástica, rouba o filme de Robert Downey Jr. e Val Kilmer. Já Jason Reitman, filho de Ivan, começou a ser mais notado como diretor com "Obrigado por Fumar" (depois ele fez "Juno", que deve ter tido mais sucesso e deve ser pior), que também deu uma levantada na carreira do Aaron Eckhart. É mais ácido (mas não muito) do que engraçado (a não ser pelas cenas com Adam Brody e Rob Lowe, ótimos). Tem um grande elenco, mas o conjunto não passa muito de "pouco acima da média" (porque a média é baixa). E também pintou por aqui "Layer Cake", a estréia na direção de Matthew Vaughn, produtor dos dois primeiros longas de Guy Ritche, adaptando um romance. Ele faz um filme sério, sóbrio, sem muita frescura e sem muita grandeza. Diversão bastante esquecível, mas com um bom final. Daniel Craig, ironicamente, antecipa aqui algo de James Bond. É uma pena que Sienna Miller não apareça mais.

    Falando em mulher gostosa, "Matroesjka's" (chamado internacionalmente de "Matrioshki"), é uma série belga de 2005 que foi recomendada pelo Carlão. Não me animei tanto quanto ele _talvez a dublagem em espanhol tenha atrapalhado.

    ***


    P.S. Vale a pena ver a seqüência que gerou a melhor foto de 2008 publicada no Estadão.


    P.P.S. Como os nobres freqüentadores desta bodega já perceberam, coloquei lá em cima a geringonça (minha tradução para "gadget") que permite seguir este blog (já que nunca aprendi a mexer com RSS). Como as atualizações são parcas e esporádicas devido à falta de tempo, pode ser uma boa para as duas ou três pessoas quem têm vontade de acompanhá-las.


    P.P.P.S. Feliz tender com pêssegos e molho de damasco para todos! Passarei a festa no noroeste selvagem, mergulhado numa piscina.

    No texto que vem: "O Que Terá Acontecido a Baby Jane?" e outros filmes.

    8 comentários:

    Ailton Monteiro disse...

    A Michelle Monaghan está uma delícia nesse KISS KISS BANG BANG. Já o LAYER CAKE, só me lembro do começo, com a canção do The Cult, que é bem legal, mas acho que terminou sendo pouco memorável pra mim.

    Marcelo V. disse...

    Tou apostando que o "Quantum of Solace" (que só não vi ontem, no interior, porque a cópia era dublada) é pior que o "Layer Cake". Não esperava gostar tanto do filme do Black, foi uma boa surpresa.

    E esqueci de citar as ameixas na receita do tender... Tava uma delícia, como sempre.

    Também esqueci de avisar que, a partir de 1º de janeiro, a nova ortografia do português passa a imperar neste sítio. O errado será o certo!

    Ailton Monteiro disse...

    Não me conformo com o novo certo. hehehe.

    Anônimo disse...

    Infelismente o festival que mais tinha a ver com nosso curta era o de tiradentes que ele não entrou...uma pena!

    Fico pensando o porque disso tudo? é grana mesmo né? Estou fadado pelo jeito e fazer curtas digitais pra Youtube...não quero ficar dependendo de edital pra fazer em pelicula e só ser reconhecido pela pelicula....porra, sou um criador da era do curta digital e queria ser reconhecido por isso! Nao reconhecido, mas que chegasse ao alcance de todos!

    Saymon Nascimento disse...

    1 - Adoro essa intensidade do This Sporting Life, com algo de Brando mesmo em Richard Harris. Não sei se você viu, mas Richard Burton consegue desempenho parecido no contemporâneo Odeio Essa Mulher, de Tony Richardson. Legal ver os filmes juntos, embora de Anderson seja mesmo superior.

    2 - Engraçado, a primeira história do Kwaidan me parece levemente roubada do Contos da Lua Vaga, de Mizoguchi. A cena das orelhas é fantástica.

    3 - Dá pra errar com Legrand, sim. Pele de Asno é intolerável, mas Os Guarda-Chuvas do Amor é um dos filmes da minha vida, mais que o Rochefort. Das histórias agridoces de Demy, há, no meio disso tudo, La Baie des Anges, com um dos melhores papéis de Jeanne Moreau.

    Marcelo V. disse...

    Vebis, é lógico que é grana. A barreira financeira é a melhor maneira de "elitizar" o acesso à produção, exibição etc. Mas você não precisa lamentar o fato de o filme não ter entrado nos festivais _a não ser que você quisesse ganhar prêmios ou viajar às custas deles. Em termos de "chegar ao alcance de todos", o YouTube, de longe, é muito mais negócio. Manda bala!

    Saymon, lembra Mizoguchi mesmo. Mas essas histórias de espíritos são bem tradicionais no Japão, ou estou enganado?

    Anônimo disse...

    Que bom que alguém mais tenha visto o Invitation to a Gunfighter.

    Vebis, não liga não. Teu filme segue sendo ótimo e sei de mais uns dois videos muito bons que não entraram, então tu estas em boa companhia.

    Marcelo V. disse...

    Filipe, se não me engano o ótimo e realmente pouco visto filme do Wilson foi recomendado pelo Carlão. Falando nisso, excelente a entrevista que ele deu para a Ilustrada de hoje.

    Nuno, umas das coisas que mais me agradam ao visitar sites portugueses é, além da possibilidade de entrar em contato com filmes que não chegam até aqui (e das traduções diferentes para as produções "multinacionais"), a diferença de linguagem: o que chamamos aqui de sequência (agora sem trema!) vocês chamam de sequela, palavra que, apesar de sinônimo, usamos com outro sentido, bem menos agradável. E adorei a frase do Fincher sobre uma possível sequela de "Se7en": "Tenho menos interesse em fazer isso do que colocar cigarros dentro dos meus olhos". Ainda bem!

    Na platéia